quinta-feira, 1 de junho de 2017

MARILYN MONROE


      Se estivesse viva, Marilyn Monroe estaria completando 91 anos. A história dela se assemelha à milhares de outros artistas, que viviam uma infância conturbada em uma família desestruturada e decidiam sair de casa precocemente, almejando fama e dinheiro. Para ela isso não foi difícil, uma beleza estonteante aliada à uma alma sem pudores, era o que os produtores de Hollywood mais procuravam. Marilyn tinha uma predileção pelo lado sombrio da força: colecionou muitos amantes, alguns casados, como era o caso do presidente John Kennedy, era viciada em remédios tarja preta, o que acabou ocasionando sua morte. 

NORMA JEAN


Nascida Norma Jean Mortensen, ela acabou sendo criada por parentes e em orfanatos, sua mãe Gladys Pearl Monroe com vários problemas psicológicos era impossibilitada de cuidar da filha e sempre vivia internada. Norma também nunca conheceu seu pai e acabou se casando aos 16 anos por conveniência, caso não o fizesse teria que voltar para o orfanato. O casamento era algo que a deixava totalmente infeliz, já que os dois não se amavam e por sorte seu marido acabou sendo chamado pra servir na Marinha, restando a ela ir morar com os pais dele. Norma odiava ter que fazer serviços domésticos e acabou indo trabalhar em uma fábrica que prestava serviços para a força áerea. 

SORTE DO ACASO

Uma certa vez, a empresa recebeu um fotógrafo enviado pra captar imagens de todas as mulheres que trabalhavam em prol da Segunda Guerra Mundial. Norma viu ali sua chance de conseguir algo melhor e travou amizade com o fotógrafo, que também já havia percebido algo interessante ali. Não bastou muito tempo pra ela começar a figurar em muitas capas de revista e ser solicitada pra trabalhos de modelo diversos. Nesse tempo ela já havia pintado o cabelo de loiro, dizendo que isso chamaria ainda mais a atenção dos produtores. A 20Th Century Fox logo se interessou e fechou um contrato de 6 meses, pois ela já estava sendo sondada por outros estúdios, trocou o nome para Marilyn Monroe a pedido de Ben Lyon, um poderoso executivo da Fox e começou a fazer aulas de teatro, dança e canto.

A PRIMEIRA PLAYMATE
No ano de 1949, Marilyn Monroe estava desempregada. Seu contrato com a Columbia tinha terminado e a Fox não queria renová-lo. Marilyn era uma jovem modelo e já havia recebido vários pedidos para que posasse nua. Com o desemprego ela perdera seu carro e precisava de dinheiro com urgência, estava simplesmente sem nenhum tostão. No dia 27 de maio de 1949, o então fotógrafo Tom Kelley tirou as fomosas fotos, onde sua esposa o ajudou com as câmeras e a esticar o veludo vermelho. O medo de Marilyn era que alguém a reconhecesse, mas achou que com os cabelos compridos ninguém iria identificá-la. A sessão das fotos duraram duas horas e Marilyn ganhou 50 dólares pelas 24 fotos que foram tiradas para o calendário, sendo aproveitadas apenas 12 fotos para compor os meses do ano. Em 1952, a fama de Marilyn já era grande quando o calendário foi lançado, e todos os jornalistas procuraram saber se era ela mesma. Monroe contou tudo à jornalista Aline Mosby. A partir daí, as manchetes dos jornais no dia seguinte foram: "Marilyn Monroe admite que é a loira nua do calendário". Aqui temos um pequeno trecho de uma reportagem da época.

- Do jornal: O que você acha do calendário pendurado em garagens por toda a cidade?

- Marilyn: "Por que negar? Você pode obter um em qualquer lugar. Além disso, eu não tenho vergonha. Eu não fiz nada errado". Na mesma entrevista, segundo fonte do site oficial da atriz, Marilyn explicou a aceitação para posar nua e o fato de ficar famosa em um piscar de olhos: "Meu aluguel estava uma semana atrasado. Um fotógrafo, Tom Kelley, pediu-me antes para posar mas não aceitei. Desta vez, eu o chamei e disse que queria. Tom não imaginava que alguém fosse me reconhecer. Na época, meu cabelo estava longo. Mesmo assim, quando as fotos começaram a circular todos me reconheceram. Eu nunca teria feito isso se soubesse que as coisas aconteceriam tão rápido em Hollywood". 

Na sequência da confissão do calendário, Marilyn foi bombardeada pelos jornalistas. De maneira típica, quando perguntada se era verdade que ela não tinha nada quando posou, ela respondeu: "Não é verdade que eu não tinha nada, eu tinha o rádio ligado". Em dezembro de 1953, Hugh Hefner comprou os direitos das fotos de Tom Kelley e fez a primeira edição da revista masculina Playboy que foi o maior sucesso nos EUA. Na capa está Marilyn sorrindo com um generoso decote. A revista se tornou uma raridade e muito procurada pelos colecionadores. Em 2007, Hugh Hefner fez uma réplica da revista que até hoje também é item de colecionadores. A compra dos direitos das fotos de Marilyn, conhecidas por Golden Dreams, quando reproduzidas na primeira edição da revista Playboy, provocou na época uma pequena revolução. As imagens tiradas por Tom Kelley contribuíram para que esta revolução sexual explodisse e pegasse o mundo inteiro de surpresa. Se Heffner e a Playboy estavam esperando pela mulher certa, para dar início a uma nova era nas publicações, então Marilyn Monroe fora a escolha perfeita. A primeira edição na verdade seria uma publicação especial, pois nem número tinha, mas o sucesso foi tanto que a revista acabou se tornando um exemplar obrigatório no universo masculino, que até então só existia espaço para carros, jogos e outros temas.
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